quarta-feira, 23 de maio de 2012

Quando a fome chegar.

       




    Sentir fome faz parte do integrada do ser humano.Há tempos deixamos de lado o ato da caça e passamos a nos acostumar a conseguir a comida de maneira muito mais fácil,basta ir no supermercado comprar um bom pedaço de carne.Exite momentos em nossa vida que a fome é muito mais forte e você sente uma necessidade de sacia-la momentaneamente e eis que aparecem os nossos salvadores : "tios" com carrinho de comida.
       Esses trabalhadores nos oferecem um cardápio variado de alimentos.Vão desde uma sobremesa básica que é o marujinho até um delicioso churrasco de gato morto de susto.Cada carrinho é criado de forma que facilite o transporte e a armazenação do produto.Existe alguns que parecem que não vem uma lata de óleo desde o tempo que o Ipod era o Tamagochi.
       O mais impressionante de todos é o pipoqueiro.Eles possuem um sentido aguçado para perceber aglomerações populacionais.Eles vão até o vale da sombra e da morte para vender as suas queridas pipoquinhas para o exército de esqueletos que lá reside.Recentemente houve um velório na esquina da minha casa.Naquele ambiente de tristeza e comoção ninguém é isento  de sentir fome,não é verdade?Pois lá se encontrava o nosso saudoso pipoqueiro para ajudar os parentes do defunto em caso de baixa glicêmica.Em sequestros de bancos,os bandidos costumam aceitar a entrada de um policial negociador e um pipoqueiro,caso eles sintam fome.
      O que seria da minha geração sem o marujinho ?Abrir aquele saco altamente higiênico,que passou por rigorosos processos de pasteurização,com os dentes os fortificou de um modo nunca antes alcançado na humanidade.O ato de mastigar o churrasco de gato centenas de vezes à ponto de desenvolver uma úlcera deixou a nossa mandíbula tão "marombada" quanto o Capitão América.Todos os nossos anticorpos são adquiridos através deles.
      Tais homens e mulheres são dignos de total respeito e honra.Eles lutam dia após dia para sobreviver sem desistir.Andam por cantos ermos sem garantia de sucesso no final dia.Resistem a um sistema que os oprime.Ainda que as vis dificuldades da vida os ataquem eles ainda conseguem erguer um sorriso e perguntar : "Vai um marujinho ?Cura dor de gargante,ressaca e traz até o amor de volta.50 centavos !".
      

1 comentários:

  1. O carro de pipoqueiro é um costume popular... pois, todo interior tem uma igreja matriz no centro da cidade e um pipoqueiro todo domingo na missa da noite! Agora podemos encontra-lo até em velório na capital do Ceará.

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